A indústria automóvel brasileira contou com uma produção de quase 3 milhões de veículos em 2007. No Brasil encontram-se instalados os maiores fabricantes mundiais, como Toyota, Ford, GM (Chevrolet), Volkswagen, Fiat, Mitsubishi, Peugeot, Citroën, Mercedes-Benz, Renault, Honda etc., e também alguns fabricantes nacionais emergentes, como a Marcopolo, Agrale, Randon, dentre outros.
De volta ao Governo em 1951, Getúlio Vargas encomenda ao Capitão Lúcio Meira, sub-chefe da Casa Militar, um estudo sobre a viabilidade de implantar um indústria automobilística nacional.
A então Comissão de Desenvolvimento Industrial (CDI) criada em 1951 decide partir para o exterior em busca de apoio de fabricantes estrangeiros. Em troca de isenções fiscais e garantia de remessas de lucro às matrizes, Lúcio Meira, Luiz Villares, Humberto Monteiro, Jorge Resende, Alberto Pereira de Castro e Eros Orosco tem a missão de convencer os grandes fabricantes a investirem no Brasil.
Em 1952 o governo cria dentro da CDI a "Subcomissão de Jipes, Tratores, Caminhões e Automóveis", presidida por Lúcio Meira. De seus estudos resultam o Aviso 288 (agosto de 1952) da Carteira de Exportação e Importação do Banco do Brasil (CEXIM), que limita a concessão de licenças para a importação de auto-peças que já produzidas no país e o Aviso 311 (abril de 1953) vetando a importação de veículos completos e montados.
Para mostrar aos empresários do setor automotivo as diversas auto-peças nacionais, é lançada no Aeroporto Santos Dumont, RJ em 20 de janeiro de 1953 a I Mostra da Indústria Nacional de Auto-Peças.São 145 estandes - 103 de São Paulo, 24 do Rio de Janeiro, 17 do Rio Grande do Sul e 1 de Minas Gerais - que expõe 106 componentes como baterias, pneus, bancos, anéis de pistão, entre outros.
Quem chega primeiro é a Volkswagen, em abril de 1953, inaugurando sua fábrica no bairro do Ipiranga, em São Paulo/SP. Em Julho de 1955 transforma-se em Sociedade Anônima (Volkswagen do Brasil S.A.) com 80% de capital alemão e 20% do grupo Monteiro Aranha. No final do ano muda-se para um prédio próprio no km 23,5 da Via Anchieta em São Bernardo do Campo/SP.
A segunda empresa a vir para o Brasil é a alemã Mercedes Benz, que na verdade foi a primeira a assinar um contrato com a CDI, mas só iniciou a construção da sua fábrica em outubro de 1953, no km 15 da Via Anchieta.
No mesmo mês o Congresso aprova a Lei 2004, criando a Petrobras, empresa responsável pela pesquisa, lavra, refinação, comércio e transporte de petróleo pelo país.
Em 1954 Vargas cria a Comissão Executiva da Indústria de Material Automobilístico (CEIMA) para disciplinar e promover a fabricação de automóveis segundo um plano de nacionalização progressiva. A comissão não chega a ser instalada por força da trágica morte de Vargas. Enquanto o Brasil se engaja nas eleições, vinte projetos alemães, franceses e americanos aguardam nas gavetas. Os futuros fabricantes de veículos desligam-se do Sindicato da Indústria de Construção e Montagem do Estado de São Paulo para fundar uma entidade própria, a Associação Profissional dos Fabricantes de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares do Estado de São Paulo. A fase de montagem está superada, agora é ultimar os planos de fabricação.
Em 21 de dezembro de 1955, o novo presidente eleito Juscelino Kubitschek inaugura a fundição de motores diesel da Mercedes Benz (Sofunge).
Os anos de 1953 a 1956 tiveram poucos veículos montados, a maioria veículos comerciais, como caminhões e ônibus. Quando JK toma posse em 1956 a General Motors estava produzindo 140 veículos por mês embora sua linha de montagem permitisse 200 veículos por dia, num único turno! A Ford estava preparada para fabricar 125 veículos por dia e produzia apenas 10 por mês. Algumas montadoras interromperam sua produção, como a Varam Motors (carros e caminhões Fiat e Nash) e a Brasmotor que desistira dos automóveis Chrysler e dos caminhões Dodge, DeSoto e Fargo, a espera de dias melhores.
Em 15 de maio de 1956, é criada a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que absorve o sindicato específico da categoria.
Em 16 de junho de 1956 é criado o GEIA (Grupo de Estudos da Indústria Automobilística) reúne empresas fabricantes de autoveículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus/autocarros) e máquinas agrícolas automotrizes (tratores de rodas e de esteiras, cultivadores motorizados, colheitadeiras e retroescavadeiras) com instalações industriais no Brasil ou em vias de iniciar a produção.
Atualmente, 89,7 milhões de veículos são produzidos no mundo, sendo 3,1 milhões destes fabricados no Brasil. São calculadas em média 5.533 concessionárias e 31 fabricantes automotivos entre estados brasileiros, que, em seu todo, posicionam o Brasil como o 8º maior produtor de veículos no mundo.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fonte: https://pt.wikipedia.org
Foto: Reprodução.
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