De quanto em quanto você deve trocar o óleo do seu motor? Se você não se enquadra no caso dos cruéis utilizadores da moto fria em trajetos curtos ou na turma que a usa de vez em nunca, vale seguir o que o manual do fabricante indica.
Os técnicos que projetaram seu motor trabalharam duro para garantir o emprego, fizeram o melhor possível e não iriam de jeito nenhum errar na recomendação de prazo. Outro aspecto é não inventar moda: siga EXATAMENTE o que o manual do proprietário recomenda para seu motor com relação a especificação numérica (5 W 40, por exemplo) e quanto às letrinhas que seguem tal numeração. Sem cair ao nível do detalhe, basta dizer que os números se referem à viscosidade em temperatura baixa (número menor) e temperatura alta (número maior), e as letras indicam a aditivação.
Óleos designados para uso em motores motociclísticos levam em consideração que na maior parte deles a embreagem é do tipo “em banho de óleo”, e desta maneira a formulação dos aditivos prevê tal aspecto técnico. O uso de um óleo com viscosidade igual a recomendada no manual mas com aditivação diferente (um óleo para motores de automóveis por exemplo) pode causar problemas sérios no funcionamento da embreagem.
Por ser uma ação simples, trocar de óleo não exige grandes conhecimentos mecânicos/técnicos, mas apenas atenção. Abaixo as regrinhas básicas para tal operação que, por ser frequente, pode ser feita por você mesmo:
1. Verifique se você tem a ferramenta de medida adequada para soltar o chamado “bujão”, nome dado ao parafuso (geralmente de cabeça sextavada) que está na parte inferior do cárter do motor. Normalmente tal ferramenta comparece no kit de ferramentas que integra a maioria dos modelos.
2. Informe-se da necessidade ou não de substituir a cada troca a arruela do referido bujão. Este dado deve constar do manual do proprietário.
3. Solte o bujão tendo o cuidado de colocar sob o cárter um recipiente destinado a armazenar o óleo usado.
4. Aqueça o motor antes da operação começar. Óleo quente, menos denso, sairá mais fácil do cárter do motor.
5. Deixe escorrer o óleo por ao menos cinco-dez minutos, lembrando de retirar a tampa superior por onde entrará o óleo novo. Sem tampa o óleo escorrerá mais rapidamente.
6. Feche o bujão sem apertá-lo demasiadamente: no manual haverá a indicação do torque necessário, mas como torquímetro nem todos tem, basta usar bom senso e não exagerar no aperto, e tampouco deixar o bujão frouxo demais.
7. Evite meleca munindo-se de um funil para colocar o óleo novo não sem antes se certificar da quantidade exata, outro dado que constará no manual.
8. Verifique o nível antes de completar a operação. Atualmente há motos com visores transparentes com marcas do nível máximo e mínimo. Outras motos tem vareta em cuja ponta há o mesmo. Neste segundo caso o nível se mede em geral com a vareta desparafusada.
9. O óleo novo deve sempre alcançar o nível máximo mas nunca superá-lo. Óleo demais é tão nocivo quanto de menos.
10. Após concluir a operação, feche a tampa de abastecimento do óleo e ligue o motor. Verifique se não há vazamento visível pelo bujão e, se puder, deixe uma folha de papel debaixo do cárter durante algumas horas. Se o motor vazar, nem quem seja um pingo, o papel vai te avisar.
11. Informe-se sobre a frequência da troca ou necessidade de limpeza do filtro de óleo. Algumas motos tem filtros tipo cartucho de papel, que em geral devem ser substituídos de maneira alternada, troca sim, troca não. Em outras o filtro é metálico, que demanda limpeza e não substituição. Mais uma vez, consulte sua majestade, o manual.
12. Habitue-se a verificar o nível. Seja pelo visor, seja pela vareta, esse é um “vício” que todo motociclista deve ter. O mesmo vale para dar um destino sustentável ao óleo usado: leve-o a um posto de combustíveis, onde sempre há tambores para o descarte.
Fonte: http://g1.globo.com
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